quinta-feira, 12 de abril de 2012

PRINCE OF PERSIA - PS3



Prince of Persia apresenta-nos uma experiência que tem como principal cartão-de-visita o seu visual artístico, aliado a uma presença fenomenal por parte da personagens intervenientes. É certo que não está livre de falhas e o constante repetir das mesmas acções é a prova disso. No entanto esta é uma experiência como existem poucas e, face a este novo visual da série, dá quase vontade de perguntar: Porque é que não foi sempre assim?
A história trágica bem como o seu desfecho deixam a sensação de que toda a aventura é uma narrativa próxima daquilo a que se pode chamar de conto videojogável, onde a beleza dos ambientes e cenários deixa um leve travo a magia. Muitos poderão até estranhar e rejeitar esta nova "cara" de PoP, pois o visual aparente não será a única diferença encontrada mas, por outro lado, é impossível ficar-se indiferente a esta experiência.



Eu joguei Prince of Persia no meu Siemens A50! Uau...tinha que dizer isto, pois tantos anos após ter jogado o clássico para telemóvel sinto-me velho ao olhar para o novo PoP. Mais uma vez este parece ser o início de uma nova série de títulos que, aparentemente, tem tudo para fazer as delícias dos fãs. Um novo visual, um novo príncipe, uma nova amiga e um enredo que se poderá tornar tão deslumbrante e atraente quanto a vontade da equipa de produção de o fazer.
Das várias abordagens que tentei adaptar com o desenrolar do jogo, só uma delas fez sentido quando o terminei - muito mais do que um conto, Pince of Persia é uma Epopeia. Tal como tantas outras aventuras que nos marcam intelectualmente desde a mais tenra idade, a nova aventura do Príncipe das mil e uma noites, é uma estória que tem tanto de mítico quanto de épico. É uma narrativa narrada pelo próprio jogador que, sem ter a intensidade e fulgor dos contos populares, ganha em expressividade e magia, transformando todo o mundo de PoP em algo que poderá ser tão profundo quanto a experiência de vida de cada um.
A aventura começa quando, vindo do céu, o nosso príncipe se depara com aquela que virá a ser a sua nova melhor amiga, Elika. De uma forma linear, a acção desenrola-se à medida que o enredo é apresentado. A escuridão e a corrupção apoderam-se do mundo e esse será o mote para que, ao logo de todo o jogo, o príncipe percorra a sua caminhada.
Desde cedo se percebe qual a estrutura e objectivo do jogo, que no fundo é só um - salvar o mundo, curando cada uma das zonas infectadas. De forma semelhante ao que aconteceu em Assassin's Creed e, por outro lado, contrastante ao passado da série, a aventura decorre num mundo aberto, no qual o jogador tem o privilégio de decidir a cronologia dos acontecimentos da estória. Este é, opinião pessoal, um dos problemas desta aventura pois, deste modo, tudo parece acontecer de uma forma supérflua, sem que haja um seguimento e uma verdadeira linhagem de acontecimentos.
Ora isto torna-se ingrato, pois Prince of Persia é o conto que queremos ouvir, mas contado da forma errada. O jogador sabe de ante-mão aquilo que vai acontecer ao logo de toda a aventura. Nada é realmente uma surpresa e, por isso mesmo, os dois momentos chave desta aventura acabam por ser, precisamente, o início e o fim - os únicos momentos de incerteza. Tudo o resto é uma batalha por atingir objectivos sem quaisquer tipos de surpresas ou reviravoltas, enquanto o desfecho final parece muitas vezes uma miragem.
No final de contas PoP resume-se a cumprir as caminhadas para chegar ao grande prémio que é a luta com o Boss e curar mais uma zona - e o processo repete-se vezes e vezes sem conta. Cada vez que uma zona é curada poderão apanhar as Light Seeds. Mas aqui levanta-se uma questão fulcral: o quão proveitosa poderá ser esta aventura para vocês. Sim, é verdade que o jogo é repetitivo na sua concepção e naquilo que pode ser tido em conta como o objectivo principal mas, não deixa por isso de ser um título feito de momentos capazes de surpreender qualquer um. O que prejudica esta aventura é a inexistência de objectivos sólidos que dêem alento e vontade de continuar a jogar.
Algo que poderia ajudar nesse aspecto seria a aprendizagem de novas técnicas de combate ou a aquisição de novos poderes, mas nada disso existe. O mais próximo disso serão as Power Plates, uma espécie de poderes que poderão desbloquear ao adquirir Light Seeds, mas que só servirão para dar acesso a novas áreas de jogo.
Mas, mesmo no meio de qualquer desagrado, PoP não me deixa de surpreender. Com uma acuidade visual de fazer inveja a qualquer jogo desta nova geração, a nova aventura do Príncipe ganha tanto em beleza como em magia, num cenário que é incapaz de deixar até os mais sépticos em indiferença. Aliado a este factor vem também o excelente trabalho que é feito a nível de Voice Acting, tanto para o príncipe como para Elika. É, no mínimo, incrível a forma como vemos este príncipe ganhar uma personalidade tão forte, passando de um "Zé-ninguém" que era nos capítulos anteriores, para uma das personagens mais vivas e reais da história dos videojogos. Desde os seus piropos constantes, aos intermináveis diálogos com Elika, o Principe é melhor que qualquer boneca da Concentra pois, por muito que o façam falar, ele terá sempre mais qualquer coisa a dizer.
Tanto é, que ao longo do jogo será possível falar com Elika a qualquer altura, mantendo diálogos que são no mínimo impressionantes e, até mesmo, esclarecedores. E, já que estou a falar de Elika, aproveitar para dizer que esta é sem dúvida a parceira ideal a nível de IA. A sua companhia traz grande profundidade ao jogo e a ideia de Elika nos salvar sempre que morremos é, no mínimo, arrojada. Coloca de parte a ideia de "morrer", realçando a caminhada heróica do príncipe e oferecendo um pouco mais de magia à coisa.
Ao início, será normal estranharem a jogabilidade que poderá por vezes parecer demasiado forçada e, de certa forma, pré-recriada. A curva de aprendizagem poderá também ela ser relativamente grande pois existem aqui movimentos e técnicas com execuções diferentes do normal. Muitas vezes, grande parte dos acontecimentos ou sequências baseiam-se em carregar na altura certa, na tecla certa, pelo que o jogo acaba por recair um pouco sobre o Trial-and-error. Contudo, os momentos mais divertidos dão-se durante os confrontos com inimigos onde será possível provar um pouco desta magia, entre os mais diversos combos de que o jogo dispõe. Existem ataques onde poderão utilizar a espada, a luva ou ainda ataques combinados com a magia de Elika, nos quais ela própria entrará no combate. Os tão famosos Quebra-Cabeças foram também eles incorporados no jogo, mas numa quantidade modesta - no total existem 4, um por cada área.
Palavras como "épico" e "mágico" vêm facilmente à cabeça quando se olha para este clássico que acaba de levar um dos liftings mais drásticos da história dos videojogos. No bom sentido é claro. O seu aspecto Cell-shading atinge um patamar glorioso ao nível do melhor que já se viu nesta geração. Observando os enormes cenários, a única palavra que muitas vezes me veio à cabeça foi: WOW! PoP prova que não só através de combates épicos e inimigos avantajados se fazem os grandes momentos. Muitas vezes basta passar o olhar pelo detalhe e magia destes cenários para conseguir espremer desta experiência um momento que poderá ser para todo o sempre marcante.
É como se existissem dois mundos, um deles corrupto e invadido por uma penumbra medonha, e depois outro mundo, verde e cheio de magia. Mas não se diferem em espectacularidade, pois é incrível podermos apreciar ambos os cenários ao longo de toda a aventura e, a cada momento, ficarmos fascinados e surpresos com aquilo que ambos significam. Incrível é também a recriação dos cenários, desde elementos interiores a exteriores, onde o detalhe é sem dúvida a palavra de ordem - nunca o reino Persa foi tão vivaz.
Tetinhas, não vou deixar ninguém na mão. Segue o detonado para "a nossa alegria": http://www.eurogamer.pt/articles/prince-of-persia-solucao-completa-truques-e-dicas-dicas



5 comentários:

  1. não gostei dessa análise

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  2. realmente, divisor de águas. prince sempre perfeito

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