quarta-feira, 18 de abril de 2012

BIOSHOCK 2 - PS3



À primeira vista, "Bioshock 2" parece uma sequência desnecessária, uma vez que o jogo original conseguia se firmar como um produto extremamente sólido e auto-suficiente. Contudo, não demora muito para que o jogador redescubra Rapture sob um novo ponto de vista, deparando-se com novos personagens, situações, conflitos ideológicos e questões políticas. As mecânicas e sistemas de jogo, que já eram excepcionais, foram aprimorados, tornando a experiência mais equilibrada, variada e gratificante. Mesmo o multiplayer, que parecia fora de contexto, faz todo o sentido e foi muito bem encaixado dentro da fantasia de "Bioshock". É uma sequência que firma o poder do imaginário de Rapture, de suas fantasias e capacidade de abrigar as mais variadas histórias.



Poucos jogos nos últimos anos foram tão marcantes como "Bioshock". Inspirado na estrutura e narrativa do clássico esquecido "System Shock 2", o jogo foi responsável por uma das maiores revoluções do gênero de tiro em primeira pessoa (FPS, na sigla em inglês). Em vez dos cenários típicos dos jogos de ação, "Bioshock" inseriu o jogador em uma metrópole submersa em pleno ano de 1960, produto da mente de um industrialista cheio de ideais políticos e sonhos utópicos.


Pouco a pouco o jogador ia descobrindo uma sociedade erguida sob leis próprias, livres da censura ou da moralidade do mundo exterior e regida por uma cultura consumista, baseada na individualidade. Simultaneamente, descobria também a decadência resultante de um líder corrompido pelo poder. O horror e a loucura dos poucos sobreviventes contrastavam com a beleza e o luxo dos salões art decó. 

Tratava-se de um jogo tão completo e auto-suficiente que uma continuação parecia totalmente desnecessária. Ela veio mesmo assim e, apesar de não causar o mesmo impacto do original, consegue expandir ainda o imaginário de Rapture, explorando novas facetas da distopia e, principalmente, introduzindo novos (e bem-vindos) elementos de jogo.

A sobrevida de Rapture

Muita coisa mudou em oito anos após os eventos do jogo original. Rapture continua sendo um buraco sujo e esquecido, repleto de lunáticos e ambientes ainda mais alagados, cobertos de cracas luminosas e destroços. Com a queda de Andrew Ryan, a cidade ganhou uma nova líder, Sofia Lamb, e consequentemente uma nova filosofia baseada no poder da coletividade. Desta vez o jogador vê o mundo através dos olhos do primeiro Big Daddy, um tipo de brutamonte que no jogo anterior fazia parte dos inimigos mais difíceis e resistentes.

A função social dos Big Daddies é proteger as little sisters, garotinhas "criadas" pela Dra. Tenembaum, geneticamente modificadas para identificar e coletar ADAM dos indivíduos mortos, uma espécie de soro capaz de ampliar as capacidades físicas e mentais dos seres humanos - e uma espécie de moeda corrente em Rapture. ADAM, aliás, foi o que motivou a cobiça do fundador Andrew Ryan e ocasionou a loucura e deformidade nos habitantes de Rapture.

Como o primeiro Big Daddy, você é guiado pelas lembranças de seu passado recente após acordar em uma Vita-Chamber (uma câmara de ressurreição, que na mecânica do jogo serve para gravar os dados de suas partidas). Sabe apenas que Sofia Lamb é responsável pela sua tentativa de homicídio e pelo seqüestro de sua little sister Eleonor.

Em sua jornada, novamente o jogador vai descobrindo trágicas historietas sobre os antigos moradores de Rapture e sobre a própria cidade, paralelamente aos eventos que se sucedem a cada missão cumprida pelo jogador. A cidade é, de fato, o centro de tudo, um personagem - talvez o protagonista, uma vez que o big daddy controlado pelo jogador não é nada senão um mero avatar, pois sua personalidade nunca é realmente desenvolvida.

Aprimorando o que já era bom

A mecânica básica segue a mesma estrutura consagrada do primeiro game, porém com algumas pequenas modificações. Tudo funciona exatamente como no jogo anterior: movimentos do personagem, ataque, gerenciamento de itens, investigação de objetos e oponentes abatidos, coleta e compra de itens e habilidades especiais etc. Embora você controle um brutamonte, o controle continua ágil e preciso e, melhor ainda, agora sua arma principal é uma broca gigantesca, capaz de aniquilar a maioria dos oponentes com um único golpe, em uma explosão de sangue. A arma, no entanto, é a que mais consome munição - combustível, neste caso. Aliás, todos os elementos de "Bioshock 2" estão muito bem balanceados, resultando em uma dificuldade progressiva e mais equilibrada que a do primeiro game. Um primor de game design.



As mecânicas e sistemas de jogo se assemelhem muito às do jogo original, mas existem novos e substanciais elementos, que tornam a experiência interessante mesmo àqueles que já jogaram "Bioshock" à exaustão. Existem novas armas e habilidades, tal como variações das antigas, além de alguns tipos de oponentes inéditos. A melhor novidade são as big sisters, little sisters que cresceram e se transformaram em verdadeiras máquinas de matar comandadas por Sofia Lamb. Além de serem ainda mais difíceis que os big daddies (o que faz sentido, sendo que agora você é um deles), elas são extremamente velozes e imprevisíveis, resultando em confrontos longos e intensos.

Embora saiba apenas que elas podem aparecer nos momentos em que você opta por salvar ou consumir uma little sister (um momento de decisão moral que é marca registrada da série), você não sabe quando, como e por onde elas surgirão, o que invariavelmente causa sensações de urgência e pânico. Para vencê-las é necessário planejar estratégias de combate, preparando armadilhas e tirando vantagens do cenário. Poças d'água, rastros de óleo derramados no chão, câmeras de segurança, metralhadoras fixas, balcões e outros objetos são cruciais para seu sucesso nesses combates.

A invasão aos sistemas de segurança de Rapture, que no primeiro jogo acontecia na forma de quebra-cabeças bastante repetitivos, está mais dinâmico. Desta vez, há um minigame que envolve tempo e precisão, que além de ser concluído mais rapidamente, adapta-se melhor à ação. Já a câmera de pesquisa parece mais uma câmera de filmagem. A partir do momento em que você pressiona o gatilho sobre um oponente, a ação começa a ser "filmada" e durante esse tempo você precisa combatê-lo com uma variedade de armas e técnicas diferentes. Quanto mais diversificada for a ação, melhor a nota de sua filmagem, tal como os bônus recebidos.

Talvez o único elemento amplamente divulgado para esta sequência que fica aquém às expectativas são os momentos em que você ganha acesso ao mar aberto. Além de raros, esses momentos não foram muito explorados pela mecânica e servem mais como pirotecnia, como a cena inicial em que uma big sister causa danos à uma estrutura de vidro, resultando em uma grande explosão de água e mandando o jogador oceano adentro. 

Dois em um

Um dos aspectos mais interessantes de "Bioshock 2" é sua modalidade multiplayer, que embora pareça totalmente fora de contexto, uma vez que a série não parece comportar muito bem a ideia de um mata-mata desenfreado, foi muito bem encaixada dentro do imaginário de Rapture. A modalidade é acompanhada de um pequeno enredo e acontece durante a guerra civil de Rapture que precede os eventos do primeiro jogo. 



Quase como um jogo à parte, no multiplayer o jogador é um civil submetido a um processo de testes de produtos da Sinclair Solutions, uma fabricante de plasmids. Conforme você ganha pontos, matando outros jogadores, seu personagem vai progredindo na fase de testes da empresa e ganhando acesso a novas armas e habilidades, além de conhecer mais sobre a história da guerra civil de Rapture. Todos os aspectos da mecânica multiplayer são perfeitamente contextualizados pelo universo do jogo de forma brilhante. As modalidades também são bastante satisfatórias, totalizando sete conjunto de regras, incluindo variações dos clássicos "cada um por si" e "capture a bandeira".

Tecnicamente, "Bioshock 2" não é tão impactante quanto o primeiro, até por que já conhecemos Rapture muito bem desta vez. No mais, o jogo continua graficamente bastante polido, com cenários muito bem arquitetados, cheios de detalhes para observar, que colocam o jogador no clima desolador da metrópole abandonada. Existem texturas borradas aqui e ali, alguns bugs com a simulação de física, mas nada muito gritante que interfira na experiência. A trabalho sonoro continua de primeira, com efeitos convincentes e trilha composta de músicas populares norte-americanas da época e outras criadas para o jogo, estas claramente influenciadas por filmes de terror.

Tetudos, segue o detonado para a felicidade de todos:

10 comentários:

  1. Pra mim pareceu igual o primeiro, só q vc controla o bigdad

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  2. Os gráficos são 10, o som desse jogo é magnífico.
    eu jogo o multiplayer dele até hj e pra mim é o melhor que já existiu até hj

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  3. não gostei, muito violento. tenho 2 filhos 1 de 10 anos e 1 de 14, joguei o demo pela live do xbox e eles viram eu jogando esse jogo e agora não dormem sozinho + a noite

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  4. dá uma surra de chinelo nesses mulekes. kkkk vc tá criando maricas em casa meu amigo

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  5. comprarei o meu essa semana do vale hauhaiahiuahiuhaiah

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  6. Caraca mano, eu tenho. gostei. já zerei 3 vezes + nunca joguei o multiplayer dele não, depois dessa analise eu vou jogar pra ver se compensa

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  7. tenho 2 bonecos 1 travesseiro e 1 pijama, deles, agora to querendo comprar a roupa de cama completa !!

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