quarta-feira, 11 de abril de 2012

PRINCE OF PERSIA THE FORGOTTEN SANDS - PS3



Prince of Persia: The Forgotten Sands é um jogo com boas ideias, mas que fica-se apenas por aí. Não existe qualquer interesse em continuar o jogo, não nos puxa pela história, nem mesmo pela dificuldade. ?? competente no que faz, mas nem de perto chega para os padrões actuais. Julgo que nem os fãs ferrenhos de PoP o irão achar atraente e nem mesmo a cópia directa de elementos do God of War e Bayonetta lhe fazem jus. Boa tentativa, mas pegando no nome do jogo, "para esquecer".




Para alguns a série Prince of Persia vive nas ruas da amargura, onde nenhum título, desde os saudosos The Sands of Time, e o brilhante Warrior Within, conseguiu captar a essência de um conto das mil e uma noites. Sim, porque para mim, esse sempre foi o tema base do jogo. Uma bonita história de amor na Pérsia. Com o filme, Prince of Persia: The Sands of Time a estrear na próxima Quinta-Feira, chega também um novo jogo, que embora não tenha qualquer ligação com o filme, não deixa de ser "propositado" o seu lançamento para coincidir com a sua estreia. 


Prince of Persia: The Forgotten Sands chega a quase todas as plataformas, sendo que a versão Wii e PSP são diferentes das duas irmãs HD, e esta análise é referente à versão PC, Xbox 360 e PS3. Como seria de esperar o novo jogo coloca-nos novamente na pele do Príncipe, que a quando do seu retorno à terra natal confronta-se com o ataque de um exercito(nunca percebi qual) ao seu povo no palácio real, onde o seu irmão Malik comanda as operações de defesa. Para poderem se livrar desta ameaça avassaladora (isto apenas dito no papel), o irmão do Príncipe invoca o poder das "areias", mas não corre como o esperado. 



Este novo jogo não é uma sequela directa do Prince of Persia de 2008, o início de uma nova trilogia, mas sim está entre os acontecimentos do The Sands of Time e Warrior Within. Por muito que isto possa parecer interessante, principalmente pela qualidade dos dois jogos citados, tudo não passa de uma completa ilusão de qualidade, provavelmente devido ao calor abrasador das paisagens pela persia. 



Para quem está familiarizado com Prince of Persia, sabe o que lhe espera. Muitos saltos acrobáticos, poderes de controlo de tempo e materiais, bem como lutas em grande estilo. Os anteriores jogos, principalmente a anterior trilogia, trouxe-nos um sistema renovado para um Prince of Persia de nova geração(anterior a esta), onde os esquemas de luta, a fluidez dos combates e a constante novidades em termos de puzzles e dificuldade, marcaram a série como sendo algo de bastante positivo. Este novo jogo imita tudo isso, e não traz praticamente nada de novo. Aliás, retrocede em muitas coisas, parecendo que os estúdios da Ubisoft Montreal tiveram receio de arriscar em qualquer novidade. 



Prince of Persia é uma série de peso, e perante um filme a estrear no cinema, seria um pretexto bastante agradável para o lançamento de um novo jogo. Já agora, Prince of Persia: The Forgotten Sands não é um jogo de um filme que por sua vez é um filme de um jogo. Antes fosse o jogo do filme com o mesmo nome. 



Colocando a contextualização de lado, o jogo propriamente dito é uma grande desilusão. A magia de um verdadeiro Prince of Persia está completamente enterrada na areia. O jogo prima por gráficos e qualidade do design dos níveis e cut-scenes em termos gerais como algo... competente. Não arrisca um milímetro face ao que já temos visto, nem tenta em nada inovar ou surpreender. Os modelos das personagens principais deixam muito a desejar, mas estão dentro do seu género. Algo particularmente mau é a ausência do glamour visual do anterior jogo, pois este PoP é extremamente vazio, minimalista, onde apenas se salva o efeito dos panos ou bandeiras comemorativas e os locais onde encontrámos a menina Djinn. 



O jogo atira-nos de imediato para a acção, algo que em si não colhe como desconsideração, mas se soubermos que o jogo será todo igual desde então, a tarefa de progressão é considerada ela própria o maior desafio do jogo. Passámos a maior parte do tempo a fazer as mesmas coisas, e todas elas de uma simplicidade e facilidade extremamente irritante. Ok, é um Prince of Persia, onde teremos que correr pelas paredes, saltar de um lado para o outro e evitar os diferentes desafios pelo caminho. Sim este PoP é isso mesmo e mais nada. Aliás, conseguirás passar o jogo sem matar qualquer dos mais pequenos inimigos. Apenas os maiores, onde as paredes estão bloqueadas e terás que os matar, fora isso, é R2 e X todo o tempo, e nem precisam de se preocupar em cair. Basta ir em frente. 



O apelo em continuar com o jogo é diminuto, e nem mesmo as constantes dificuldades encontradas pelo caminho permitem um novo fôlego ao jogo. Tudo se resume em: caminhar pelo palácio e evitar as pequenas dificuldades do jogo. O jogo apenas tem dois níveis de dificuldade, Normal e Fácil. O normal é um fácil com mais coisas. Posso dar um exemplo. Tens um corredor. No início é apenas um corredor. Esse mesmo corredor depois tem umas lâminas, mais tarde é adicionado uns troncos com espinhos, depois uns espigões, e por fim buracos e a necessidade de aplicar os diversos poderes em conjunto. Na teoria tudo isto parece interessante, mas não o é na prática. Tudo demasiado simples e muito óbvio. 



Prince of Persia: The Forgotten Sands permite que adquiramos poderes conforme progredimos no jogo. Estes poderes são desbloqueados aquando das nossas visitas à Djinn, que nos fornece até quatro poderes, sendo a novidade o controlo da água, como que a congelando. Os restantes é o já conhecido de rebobinar o tempo, o poder de recuperar plataformas de construção outrora existentes, e a possibilidade der voarmos como um raio num curto espaço de tempo. Todos estes poderes são momentâneos, existindo uma tempo limite de duração de cada um. Em fases mais avançadas será necessário usar todos estes poderes ao mesmo tempo. Uns poderão achar desafiador, eu chamo apenas de frustrante e sem nexo. Para além disso, temos um combo de quatro poderes de ataque, que são alocados no D-pad, representado o poder da terra, vento, fogo e gelo. 



Até ao momento ainda não consegui compreender qual a ideia por trás da criação deste jogo. Ainda não compreendi se é um jogo para uma audiência dos doze aos vinte e cinco anos, ou se é para baixo dos oito. Em certas alturas, julgo que senti a sensação que somos gozados, ou na melhor das hipóteses ridicularizados tal é a facilidade do jogo. Para o provar, presenciei uma hora de jogo sem que fosse morto um único inimigo. Por falar em inimigos, mesmo que queiramos ficar para lutar, a facilidade com que os vencemos é de tal forma ridícula, que houve ocasiões, dentro de certas arenas fechadas, que apenas corria de um lado para o outro já que os inimigos se anulavam. Estranho no mínimo. 



Poderão estar a pensar, mas o jogo não tem nada de bom? Sim, claro que tem. O Príncipe continua elegante e a forma que encara cada obstáculo é bonita de se ver. As acrobacias, os saltos, o correr pelas paredes continuar a ser um prazer. Também vão encontrar alguns níveis com pequenas subtilezas gráficas, principalmente no último nível, onde tive que colocar os óculos de sol. 



Fora disto, o jogo prima por uma parca história, falta de essência, e falta de dificuldade. Os puzzles são dos mais minimalistas que já vi, e mesmo que no início parece difícil, quando tomamos conta da acção, tudo se transforma em extrema facilidade, isto muito devido aos ângulos de câmara que apontam o sitio exacto do que teremos que rodar e mexer. 

2 comentários:

  1. foda-se essa análise de merda, eu achei o jogo muito massa

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  2. jogo realmente é muito massa!! ma é um pouco diferente dos outros... mesmo assim continua excelente x)

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