terça-feira, 10 de abril de 2012

MAG - PS3



"MAG" é um jogo online de tiro em primeira pessoa que tem como grande diferencial o suporte a combates gigantescos para até 256 jogadores simultâneos. Na prática não espere ver combates com tanta gente assim amontoada, já que o título divide os participantes em pelotões que nem sempre sabem o que fazer devido um design pouco intuitivo e sem personalidade. A mecânica funciona bem e diverte os veteranos do gênero que conseguem se virar para trabalhar em equipe, mas os jogadores casuais sofrerão um bocado até entender tudo. As ambições foram grandes, mas a falta de conteúdo e refinamento tornam o game um produtor menor.




Anunciado com muita pompa, "MAG" é a grande aposta da Sony e de sua subsidiária Zipper Interactive (mesma da série "SOCOM") em tomar parte do público do fenômeno "Call of Duty". O novo game de tiro em primeira pessoa inova por suportar um número absurdo de jogadores online por partida e por oferecer uma comunidade virtual permanente, como nos RPGs sem limites de usuários. Intenções bacanas, com certeza, mas que nem sempre garantem uma experiência memorável.

Campo de batalha permanente

Sem nenhum tipo de campanha ou treinamento offline, "MAG" requer conexão com internet para tudo. É preciso logar e escolher uma de três facções para abrigar seu personagem. O universo do jogo se passa em um futuro dominado por exércitos privados que disputam jogos de guerra obscuros e o desempenho no campo de batalha assegura contratos que dão pequenos bônus para integrantes.

As armas e configurações são bem parecidas entre os tais exércitos e cabe ao jogador escolher aquele que mais te agrada. No início todos parecem idênticos, mas em pontos mais avançados é possível notar a supremacia da facção S.V.E.R. diante da Valor e Raven, o que indica falta de balanceamento dos exércitos ou no sistema de pareamento de jogadores. Independente da razão, nunca houve demora para entrar no campo de batalha.

No lobby, é possível escolher o modo de partida, configurar equipamentos e ainda distribuir pontos entre diversas habilidades, estes adquiridos de acordo com a promoção de seu soldado. É mais ou menos o esquema de "Modern Warfare", em que cada morte e vitória contam pontos de experiência para subir de nível. A customização leva a utilizar melhor certos tipos de armas, diminuir danos de quedas, curar aliados e outras vantagens. É o que prende a atenção e alimenta a vontade de continuar jogando no fim das contas.

Modos de jogo

Além do treinamento básico, "MAG" oferece outros quatro modos de batalha. O inicial é o Supression, que funciona como um Team Deathmach dentro de seu próprio exército. É uma competição para dois times de até 32 soldados cada que serve como aperitivo para o que vem a seguir. De cara os jogadores casuais terão o choque de passar mais tempo mortos do vivos. O jogo é daqueles que não perdem tempo com longas trocas de tiros e seus combatentes caem após receber poucos disparos. Contra os mais experientes, de avatares mais desenvolvidos, chega a ser um massacre.

Ao ganhar mais níveis, outros modos são liberados. No Sabotage e Acquisition (este para 128 pessoas) é preciso cumprir objetivos de destruição e roubo de veículos em mapas maiores. Neles o jogo começa realmente a pedir cooperação entre os seus usuários, o que nem sempre ocorre da maneira esperada. Não é incomum ver grupos de jogadores ignorarem objetivos para caçar algozes ou simplesmente acampar em um ponto específico do mapa para ganhar uns pontinhos extras pelas mortes. Com isso, muitas batalhas perdem a razão de existir e se tornam enfadonhas.

No modo final, "Domination", 256 usuários entram em batalha pela supremacia e a confusão persiste. Não por culpa do número impressionante, já que não se trata de uma batalha massiva de soldados amontoados como na cena inicial de "O Resgate do Soldado Ryan". O jogo divide os soldados em pelotões e nomeia um veterano para ser líder, capaz de estipular os objetivos e acionar ataques especiais. O problema é que, mesmo com um bônus para aqueles que ficam próximo do comandante, muitas das disputas pareceram dispersas e com focos de combate desconexos e pequenos, que não passam a sensação de grande escala proposto pelo projeto.

A bagunça é causada certamente pelos jogadores, mas a culpa é do design, que não é intuitivo, não parece agrupar usuários com mesmo grau de habilidade e não consegue premiar efetivamente a boa performance, improviso e habilidades pessoais como deveria. Com certeza algumas partidas são muito divertidas quando seu time acaba trabalhando bem, mas muitas vezes tudo parece aleatório demais. A vontade de ser grande atrapalha.

A performance do jogo é satisfatória e os desenvolvedores estão agindo depressa no lançamento de atualizações para corrigir bugs que deixaram passar durante os testes beta. Há ainda alguns comportamentos estranhos, como a vez em que alguns usuários passaram voando por nosso caminho, mas são raras as bizarrices. Gráficos e sons são adequados, mas não especialmente bonitos ou marcantes, com um design bastante genérico e frio que atrapalha os iniciantes a identificar corretamente seus inimigos. A pouca quantidade de mapas - são 9 apenas - também não parece ideal.




Se você pensa que está se safando de levar tiros ao percorrer locais distantes dos objetivos, cuidado. A grande quantidade de soldados espalhados pelo mapa é impressionante. E, por mais que o gamer esteja sozinho em certos momentos, bastam poucos minutos para que um inimigo passe por perto e fuzile o personagem controlado.É possível convocar um grupo de combatentes através da comunicação por voz e aplicar táticas de guerra muito interessantes. Os líderes podem fazer a diferença se souberem como fazer para comandar os demais soldados e obter os melhores resultados nos tiroteios, seja no ataque ou na defesa. É claro que não é fácil liderar grupos grandes de atiradores sedentos por violência.


Sem problemas de desempenho

Quem diria que um jogo para PlayStation 3 pudesse comportar 256 pessoas em um mesmo ambiente? Os desenvolvedores da Zipper Interactive conseguiram programar um game que interage perfeitamente com os servidores online e, embora o infame "lag" (atraso na resposta da conexão) seja presenciado por vários jogadores brasileiros, a constância das batalhas é admirável.
Queda na taxa de quadros por segundo (FPS)? Mínima. Optando por gráficos pouco convincentes, os programadores propiciaram uma experiência sólida, que não causa travamentos de qualquer tipo. O pior que pode acontecer — no que diz respeito a desempenho, é claro — é uma eventual desconexão com o servidor global.



Praticidade em tudo



"A la Counter-Strike", é oferecida uma mecânica de jogo extremamente agradável. Em poucos momentos, o gamer percebe que o conjunto de comandos de MAG é bem parecido com o que ocorre em boa parte dos títulos do mesmo gênero criados para consoles. São pequenos fatores (como o "sprint" realista, que depende inteiramente do item equipado pelo jogador no momento da corrida, e a execução de música quando o combatente mata vários oponentes em seguida) que tornam o jogo divertido.
Dado o contexto do game, muitos pensaram que seria difícil começar a participar dos tiroteios. Que nada. Toda a interface é amigável, o que transforma tanto a entrada quanto a saída dos combates em ações simples. É bem difícil encontrar empecilhos que dificultam a administração dos equipamentos e a habilidades e a própria jogabilidade dentro dos embates caóticos.
MAG cumpre bem o seu papel. É uma pena, entretanto, que os desenvolvedores não tenham encontrado uma maneira satisfatória de conciliar recursos técnicos de peso com fluidez no desempenho dos combates. Felizmente, a decisão certa foi tomada e a tudo pendeu para a criação de um jogo muito prático, envolvente e dinâmico.
Na realidade, essa atmosfera constante dos tiroteios do game é uma faca de dois gumes. Os amplos cenários da Shadow War oferecem boas possibilidades muito interessantes de emboscadas e estratégias militares, mas podem se tornar repetitivos para certos jogadores. Mais uma vez, é importante lembrar que são necessárias várias horas de jogo para que os aspectos interessantes do game sejam desbloqueados.
Pode-se dizer que a falta de polimento dos gráficos e dos sons entra em sintonia com a falta de capricho em determinados pontos da jogabilidade. Sim, a mecânica de jogo é simples e aprazível, mas poderia ser ainda melhor se a equipe da Zipper Interactive corrigisse os problemas e oferecesse ainda mais destaques e características marcantes na fórmula de MAG.



Tetinhas selvagem, segue um link com algumas dicas importantes : http://truegamervideos.blogspot.com.br/2011/05/detonado-mag-ps3-traducao.html


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